Organizada por diferentes etapas, a educação brasileira agrega todas as idades: desde o ensino básico (infantil, fundamental e médio), até ensino superior e para adultos.
Neste artigo você irá ver:
1) Como é a educação do Brasil atualmente?
2) Quem é considerado o pai da educação brasileira?
3) Quem foi Paulo Freire e o que ele definia?
4) Conheça também outros 10 educadores famosos no Brasil
No Brasil, existem diversas teorias que moldam a educação, assim como educadores famosos e outros intelectuais que defendem o desenvolvimento e melhoria da área.
Como é a educação do Brasil atualmente?
A educação brasileira é fundamentada através de normas, como por exemplo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Educação (PNE).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também influencia nos parâmetros da educação brasileira, juntamente com o Novo Ensino Médio, uma das regulamentações mais recentes.
Os direcionamentos da educação nacional são dados a partir das normas mencionadas. Sendo assim, existe um padrão a ser seguido na estrutura curricular, formação de professores, métodos de avaliação e carga horária.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de 2022, menos da metade dos estudantes brasileiros de 15 anos conseguiram atingir um nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências.
O sucateamento da educação brasileira se agrava, principalmente, por três motivos:
Mau investimento no setor (pouca verba destinada e má administração);
Desvalorização dos professores (tanto salarial quanto ao reconhecimento da profissão);
Alto abandono por parte dos alunos (evasão escolar).
Quem é considerado o pai da educação brasileira?
Entre diversos educadores famosos do país, destaca-se Paulo Freire, que foi nomeado como patrono da educação brasileira.
Reconhecido mundialmente na história da pedagogia, Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização de adultos, o método freiriano. Tal metodologia defendia que o maior objetivo da educação é conscientizar o estudante.
Quem foi Paulo Freire e o que ele defendia?
O educador e filósofo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, em 19 de setembro de 1921 e faleceu na grande São Paulo, dia 2 de maio de 1997.
Ele influenciou o movimento “Pedagogia Crítica”, em que coloca o estudante como protagonista do próprio aprendizado. Ou seja, é preciso levar em consideração a realidade que o aluno está inserido, para que assim seja possível ensiná-lo.
A partir desse método, o professor deve educar por meio da vida cotidiana de quem está aprendendo, das experiências que o estudante tem e daquilo que ele conhece.
Paulo Freire era contra o que ele chamava de “educação bancária”, em que o protagonista é o professor, o qual é visto como detentor de todo o conhecimento, enquanto o aluno só deve ouvir as informações.
“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”. — Pedagogia do Oprimido, 1987, Paulo Freire.
O educador dizia que com a educação é possível reconhecer e reivindicar direitos, por isso para ele essa era uma ferramenta de transformação social.
Ele é o brasileiro que mais recebeu títulos honoris causa ao redor do mundo. São mais de 350 escolas com o seu nome, além das 35 universidades brasileiras e gringas que o homenagearam.
Conheça também outros 10 educadores famosos no Brasil
A educação brasileira possui muitos pensadores influentes. Veja a seguir quais são os mais importantes:
1) Anísio Teixeira
Fonte: Reprodução/Internet.
Anísio Teixeira (1900-1971) foi um educador, jurista e escritor brasileiro. Um dos seus principais marcos foi a participação ativa na criação da escola pública no país, já que defendia a democratização do acesso às escolas por todos.
O intelectual defendia a aprendizagem ativa, a qual coloca a figura do estudante no centro, tornando-o um agente transformador da sociedade.
2) Darcy Ribeiro
Fonte: Reprodução/Fundação Darcy Ribeiro.
Antropólogo, escritor e político brasileiro, Darcy Ribeiro (1922-1997) alegava que a educação brasileira deveria incluir todas as culturas presentes no país, sem segmentá-las.
Ele fundou o Museu Nacional dos Povos Indígenas, colaborou no desenvolvimento do Parque Indígena do Xingu, foi o criador e primeiro reitor da Universidade de Brasília, ministro da Educação e chefe da Casa Civil durante o governo de João Goulart.
3) Maria Nilde Mascelllani
Fonte: Reprodução/Internet.
Uma das idealizadoras das Classes Experimentais, Maria Nilde Mascellani (1931-1999) foi pedagoga em diversas escolas públicas do estado de São Paulo.
O Classes Experimentais foi uma proposta que fortalecia a autonomia dos educandos e o envolvimento deles nas gestões escolares da educação brasileira.
4) Tião Rocha
Foto: Danilo Verpa Folha.
Sebastião Rocha é um antropólogo, folclorista e foi responsável pela criação do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD). Ele critica a delimitação da escola como um ambiente restrito à educação.
“Na realidade todos os espaços são educativos, desde que haja troca de pluralidade” — Tião Rocha
No CPCD, a educação é fomentada pela cultura popular. Em 2016, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu o Centro como uma inspiração para a educação brasileira.
5) Jaqueline Moll
Fonte: Reprodução/Internet.
Professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jaqueline é uma das principais referências para a educação integral. Segundo ela, a educação integral é uma característica estrutural da educação nacional.
A pedagoga já trabalhou no Ministério da Educação (2005-2013) e participou da implantação do Programa de Programa de Educação de Jovens e Adultos Integrado à Educação Profissional (PROEJA) e do Programa Mais Educação, de 2008 a 2013.
6) Maria Amélia Pereira Pinho (Peo)
Fonte: Reprodução/Internet.
Ligada principalmente à infância brasileira, Maria Amélia, também conhecida como Peo (1944-2021), foi fundadora da Casa Redonda, de Carapicuíba, que oferece uma proposta de educação em que a criança aprende ao ar livre e com brincadeiras.
“A criança brinca porque se desenvolve, e se desenvolve porque brinca” — Peo
Ela defendia a ideia de que era possível ensinar através do universo infantil, com as perspectivas das crianças e outros recursos lúdicos.
7) Florestan Fernandes
Fonte: Reprodução/Internet.
Florestan Fernandes (1920-1995) foi um sociólogo brasileiro, o qual se tornou Patrono da sociologia brasileira. Ele é um dos intelectuais mais influentes do século passado no Brasil e suas ideias repercutem em vários setores da sociedade.
O sociólogo dizia que a democracia só seria alcançada quando a educação, alimentação e moradia fossem iguais para todas as camadas sociais e que chegassem, principalmente, à periferia.
8) Dermeval Saviani
Fonte: Reprodução/Internet.
Filósofo, pedagogo e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas, Dermeval Saviani é também idealizador da Pedagogia Histórico-crítica.
A sua teoria diz que a escola possibilita que os alunos tenham acesso a conhecimentos já sistematizados, o que muitas vezes levam a matérias desinteressantes e a falta de empenho nos estudos.
9) Macaé Evaristo
Fonte: Reprodução/Internet.
Defensora de uma educação pública de qualidade para todos, Macaé é, atualmente, Deputada estadual de Minas Gerais desde 2023.
A educadora foi coordenadora do Programa de Implantação de Escolas Indígenas de Minas Gerais e é referência em estudos sobre a diversidade na educação.
10) Miguel Arroyo
Fonte: Reprodução/Internet.
Miguel González Arroyo chegou ao Brasil na década de 1950 e se formou em Ciências Sociais e como mestre em Ciência Política pela UFMG, sendo doutor em Educação pela Stanford University, nos Estados Unidos.
Além de defender a educação em tempo integral, Miguel também luta por uma educação humanizada no país, em que os aspectos humanos das pessoas deve ser o principal fator a ser considerado no processo de educar.